Ever After High - Breve Crítica

Perdão, princesa, mas vejo-me obrigado a escrever este artigo na sua página, pois não tem nada a ver com o conteúdo que produzo.

Bem, voltando ao assunto principal, preciso contextualizar este artigo:

Fabiano G. Junior

Hoje, para mimar um pouco a minha princesinha, assisti com ela alguns episódios de  Ever After High e, então, resolvi escrever a minha impressão da série animada.

Realizada pela Mattel em 2013, a série, claramente feita para vender bonecas a meninas pré-adolescentes, conta-nos uma história que tem como palco principal uma escola High School ao estilo americano, onde estudam os filhos dos principais personagens dos contos de fadas, nomeadamente: Chapeuzinho Vermelho, três porquinhos, Branca de Neve, Cinderela, etc.

Apesar de seu caráter claramente comercial, a história possui uma ótima premissa: os filhos dos protagonistas dos contos de fadas são obrigados a seguir o destino dos seus pais, fazendo a manutenção de um ciclo. Isso é ótimo para os filhos dos mocinhos que vão herdar o tão sonhado "feliz para sempre", porém e os herdeiros dos vilões? Eles não podem escolher serem bons? Não podem tem direito ao seu final feliz? Assim, a série discute a temática da hereditariedade e do destino.

Esse será o dilema enfrentado pela protagonistas Raven Queen, filha da rainha má, a melhor personagem do seriado e a unica que não é reduzida a uma caricatura dos seus genitores. 

As demais figuras são extremamente caricatas e previssíveis, algumas, beirando o insuportável. Parece que, desde o princípio, somos capazes de prever todos os seus atos e falas.

Ademais, as personagens são reduzidas, também, à esteriotipos clássicos dos filmes e séries high school americanos que já estamos fartos de ver: o bad boy, a popular, o nerd, a excluída, etc.

Adicionalmente, como virtude posso citar os bons crossovers que toda menina de 12 anos já sonhou em assistir, afinal, quantas vezes não imaginamos como seria a interação da Cinderela com a Branca de Neve.

Ao cabo, apesar de um programa comercial simples, apelativo e genérico, revela uma ótima premissa a ser explorada, porquanto, quantos de nós já não se viram pressionados a seguir o caminho dos pais? A mesma carreira, a mesma faculdade, o mesmo negócio, os mesmos gostos?