Afrodite e Enéias

26-12-2022

Afrodite, então, apareceu-lhe. Após tantas jornadas Enéias mal podia acreditar. Enfrentara monstros, quimeras, sátiros, tauros e toda a multidão do Hades para, simplesmente, contemplar a beleza olímpica que diziam somente residir nela. Contudo, as suas expectativas foram derrubadas, pois, nem em mil eras poderia conceber tamanha beleza na sua pequenez. Imaginara-a tantas vezes, durante a sua aventura, de milhares de formas diferentes, cada uma mais bela do que a anterior, e, mesmo assim, agora, diante dela, todas as suas projeções pareciam-lhe turvas miragens.
Ela era alta e airosa, dona de um corpo monumentalmente esculpido. Os seus cabelos louros soltos caiam-lhe sobre os ombros nus. Vestia apenas um chiton azul-claro quase transparente, a partir do qual se podiam contemplar os seus dois rosados e fartos seios mimosos. A sua pele era alva, mais clara do que os pilares marmóreos do Monte Olimpo. O seu colo, também despido, exalava um cheiro materno. O seu labiozinho escarlate esboçava um sorriso de menina sapeca. Entretanto, possuía um passo gracioso e imponente de deusa grega.


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